No início do século XXI, o mercado imobiliário dos Estados Unidos estava altamente valorizado, o que levou muitos investidores a comprar casas como forma de investimento. A demanda por imóveis era alta, e os preços subiam rapidamente. Os bancos, por sua vez, ofereciam hipotecas com condições cada vez mais favoráveis, atraindo um grande número de compradores.

No entanto, essa situação começou a mudar com a crise das hipotecas subprime, ou seja, empréstimos concedidos a pessoas com histórico de crédito ruim ou renda instável. As taxas de juros dessas hipotecas eram extremamente altas, o que tornou difícil para os mutuários pagarem as prestações. Quando a economia dos Estados Unidos entrou em recessão em 2007, muitos desses mutuários não conseguiram mais pagar suas hipotecas, levando a um grande número de execuções hipotecárias.

Essas execuções hipotecárias resultaram em uma oferta excessiva de imóveis no mercado, o que por sua vez fez com que os preços dos imóveis caíssem. Muitos investidores, que haviam comprado casas com a intenção de vendê-las por preços mais altos, agora se viram presos a propriedades que não valiam mais o que tinham pago por elas.

A crise financeira se espalhou para outros setores da economia dos Estados Unidos e, em seguida, para outros países. Bancos e instituições financeiras em todo o mundo sofreram perdas significativas, levando a uma crise global.

A crise do mercado imobiliário de 2008 deixou uma marca significativa na economia mundial e tornou claro que os mercados financeiros não são infalíveis. Como resultado, houve mudanças significativas em como os bancos e outras instituições financeiras operam. Regulamentações mais rigorosas foram implementadas, incluindo requisitos de patrimônio mais altos, para garantir que as instituições financeiras possam lidar com choques econômicos imprevistos.

Em resumo, a crise do mercado imobiliário de 2008 foi causada principalmente pela demanda excessiva por imóveis e pelas hipotecas subprime nos Estados Unidos. Essa crise teve consequências significativas em todo o mundo, mas também levou a mudanças importantes no setor financeiro para evitar crises semelhantes no futuro.